quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sinceridade

Como seria bom se soubéssemos sempre o que o outro realmente quer, como na cena do filme “Outono em Nova York”, onde a mocinha coloca a mão no peito do galã e descobre pelos batimentos de seu coração, que ele esta mentindo. Seria pratico se pudéssemos usar esse método em todos os momentos e relacionamentos; com o parceiro, amigos, parentes, colegas de trabalho. Não tem certeza se seu chefe esta satisfeito com seu trabalho? Coloca a mão no peito do sujeito e descobre!. Mas não é assim que funciona! Não conseguimos saber o tempo todo, quando o outro esta sendo sincero ou não, e pior... muitas vezes o outro também não sabe! O maior mentiroso que temos que enfrentar somos nós mesmos. Criamos diversas maneiras de deturpar, esconder ou florir nossas realidades internas.
Nem sempre escutamos o que o outro esta dizendo. Exemplo: “não é o que você falou, mas o que você quis dizer”. Passamos a vida tentando entender o outro, o que ele realmente quer dizer, se ele esta escondendo algo e esquecemos de tentar entender o que é mais importante, que é o que sentimos, falamos e fazemos. O desafio é saber quando estamos mentindo para nós mesmos e quando estamos sendo coerentes com nossos desejos.
Uma expressão em voga ultimamente é “Sincerocidio”. “Matar” o outro usando apenas a arma da sinceridade. Sinceridade esta, considerada nobre pela nossa sociedade atual, característica presente na pessoa honesta, que fala o que pensa, sem esconder ou mudar qualquer fato.
Será?! Será que gostamos mesmo dessa tal sinceridade? Aceitamos tranqüilamente quando o outro fala o que pensa de nós, da nossa personalidade, da nossa maneira de agir, do nosso corpo, trabalho, etc?
Eu acho sim que as pessoas devem falar o que sentem, expor suas idéias, sem se importar com o que os outros pensarão a respeito. Afinal, cada um aproveita a critica que recebe do jeito que achar melhor, absorvendo o que serve e ignorando o que não serve. Mas falta discernimento de como deve ser exposta essa idéia, tem que ter propósito, tem que ter fundamento.
Ser sincero.. sempre! com os outros e principalmente conosco, mas falar só para magoar o outro não é ser sincero, é ser leviano. Usar dessa tal sinceridade como arma para atingir alguém, é um ato de covardia e fraqueza, pois quando aponto o erro do outro, escondo o meu, e de mim mesmo.

Yona

Quem te faz feliz?

Não podemos permitir que a nossa felicidade esteja no outro, além de ser injusto conosco, pois esta felicidade ficaria sempre a mercê do que a outra pessoa quer, sente ou faz.. Seria injusto com o outro também, que carregaria o fardo da responsabilidade sobre a vida de alguém.
Não podemos transmitir essa obrigação, de decidir os momentos que seremos ou não ser felizes a quem amamos, temos que deixa-los livres e leves!
Sartre disse: “Estou condenado a ser livre”. Sejamos livres da obrigação de TER que fazer o outro feliz. É muito mais gostoso QUERER e poder compartilhar esses momentos.
Atualmente as pessoas buscam o tempo todo a tal felicidade, e não a encontram porque não percebem que é impossível viver verdadeiramente feliz em tempo integral, sem ter angustias, medos, conflitos, sem ser humano e lutar contra os desafios comuns a todos nós.
Felicidade é um estado emocional, são momentos.. e são diferentes para cada um que passa por ela. Deixando lembranças, as vezes sabores, sons e fragrâncias diferentes para cada pessoa.
Precisamos deixar de querer viver essa felicidade plena constante ilusória para dar o verdadeiro valor aos momentos raros que passamos por ela...

Yona

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Amor - Odio

Afeto é tudo aquilo que nos afeta.
A maioria das pessoas não admitem que sentem ódio, normalmente este sentimento fica preso no nosso inconsciente, porque foi estipulado ser um sentimento "feio" e que deveria ser escondido.
O odio é um sentimento de aversão, mas às vezes precisa existir para que sejam tomadas atitudes, não é sempre patológico.
O amor, por outro lado, sempre tão aceito na nossa sociedade, se descontrolado pode se tornar sufocante e patológico.
O importante é equilibrar estes sentimentos

Yona

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ansiedade

Quem nunca experimentou essa sensação? Sentimento de apreensão que normalmente antecede momentos de perigo real ou não, e nos causam desagradaveis sensações corporais, como vazio no estomago, palpitações, falta de ar, aumento da transpiração, etc.

Segundo Freud há dois tipos de ansiedade:

ANSIEDADE REALISTICA é uma reação à percepção de um perigo externo, um dado esperado e previsto. Porém não significa que sentir ansiedade realistica é alguma vantagem. Porque o comportamento coerente quando surge a ameaça de um perigo seria uma racional avaliação do que este perigo representa e então decidir fugir, se defender ou atacar.

ANSIEDADE NEUROTICA é um estado de apreensão generalizada que aproveita qualquer oportunidade para justificar-se. As pessoas que sofrem desta ansiedade sempre esperam as mais terríveis possibilidades e interpretam eventos cotidianos como mal presságio.

Quando a ansiedade caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração, torna-se patológica, surgindo os transtornos de ansiedade que podem ser:sindrome do pânico, fobias, transtorno obssessivo compulsivo, transtorno de stress pós-traumatico, transtorno de ansiedade generalizada, dentre outras.

Porem, vale salientar que a ansiedade equilibrada é normal a todos e faz parte do inusitado que acompanha o crescimento do ser humano. Esta ligada a autopreservação e deve ser aceita como parte integrante da vida. É um estimulo para aumentar a consciência.

Yona

Ciúmes

Ter ciumes é ter medo de perder alguma coisa. E toda perda estristece, viver esperando perdas nos leva a uma vida bastante infeliz.

Para alguns pesquisadores é possivel dominar o ciumes e controla-lo, para outros tem que destruí-lo, o fato é que é um afeto que causa muito mal a todos nós em qualquer cultura e época da historia.

O ciumes tem carater positivo quando se trata de conservar algo. E negativo quando se torna egoista ou surge por mera insegurança pessoal.

Para Freud existem tipos de ciumes. Um seria o ciume da concorrência com o rival, onde a questão fundamental é mais o amor próprio do que o amor ao outro.
Outro tipo seria o ciume originado de projeção do outro de seus próprios desejos de infidelidade ( concretizados ou não).

Descartes dizia que ciume é uma espécie de temor relacionado ao desejo de que se tem de conservar a posse de algum ser.

Embora alguns romanticos digam que a manifestação do ciumes é uma espécie de prova de amor, em excesso esse afeto se transforma em odio sempre que a relação parece ameaçada, o ciumento tende a adquirir aversão pela pessoa amada. Viver sobre a pressão do ciumes é viver sem liberdade, conforme disse Epiteto: "Só somos livres nos ocupando das coisas que só depende de nós".

É sempre possivel e necessario investigar racionalmente o que estamos sentindo. Quanto mais seguros nos sentimos a respeito de nós mesmos ou de quem somos ou do valor que temos, menos corremos o risco de ciumes.

Yona

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pensamentos

"Quanto menos o homem conhece a respeito do passado e do presente, mais inseguro terá de mostrar-se quanto ao futuro" S. Freud

"Você nao pode ensinar nada a um homem, você pode apenas ajuda-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo." Galileu Galilei

"A Compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carater, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem" Arthur Schopennhauer

Porque fazer psicanálise?

Pode ser para resolver algum sofrimento ou para se conhecer melhor.
O paciente deve estar ciente de que para atingir o resultado, precisa de empenho durante o tratamento, pois é um processo de investigação do inconsciente.

Yona

O que é psicanálise?

É a ciencia do inconsciente, criada pelo médico neurologista Sigmund Freud.
Seu propósito é descobrir no inconsciente, as necessidades, complexos, traumas e desejos para encontrar o equilibio emocional e buscar o auto-conhecimento.
Estuda o tratamento do inconsciente humano, atraves da associação livre, intrepretações dos sonhos, sintomas e acontecimentos do cotidiano.
Durante as sessões o psicanalista ajuda o paciente a descobrir e aceitar seus defeitos e suas qualidades, para que este possa conduzir sua propria existencia.


Yona

O Terapeuta

Pois fica decretado a partir de hoje, que terapeuta é gente também.
Sofre, chora, ama e sente e, as vezes, precisa falar.
O olhar atento, o ouvido aberto, escutando a tristeza do outro, quando as vezes, a tristeza maior está dentro de seu peito.
Quanto a mim, fico triste, fico alegre e sinto raiva também.
Sou de carne e osso, e quero que você saiba isto de mim.E agora que já sabes que sou gente, quer falar de você pra mim?

Poesia de Cyro Martins