A decisão talvez seja
uma das maiores de toda a nossa vida. Tornar-se criador, responsável pela
inserção de um pequeno ser à sociedade é, certamente, um trabalho árduo, e
ainda assim, subestimado. Mas as recompensas surgem a cada dia, brotam de
cada novo aprendizado, a todo minuto. O aprendizado torna-se recíproco.
Não sabemos ser pais, eles não sabem ser filhos. Ensinamos um ao
outro. Aqui vão 11 dessas grandiosas lições que aprendemos quando nos
tornamos pais:
1. Valorizar os
detalhes
Passamos a enxergar a
grandiosidade de um pequeno balbucio e de uma bela noite de sono. O retorno de
todo o trabalho se mostra nessas pequenezas, e é o que basta. O aconchego de
qualquer dia cansativo de trabalho está naquelas boquinhas banguelas e
risonhas, e nos olhos abrilhantados de admiração por nós.
2. Tornar-se
educador
Mais do que educar o
pequeno, passamos a policiar a nós próprios o tempo todo também. Qualquer ato,
antes normal, passa a ser notado minuciosamente como possível exemplo de
comportamento aos pequenos.
3. Conhecer a si
próprio
Observar o
crescimento de um filho é reviver as próprias trilhas. Encaramos nosso reflexo,
que agora corresponde aos estímulos do mundo e, muitas vezes, somos obrigados a
confrontar nossos maiores defeitos.
4. Descobrir um
novo modo de amar
Amar esses pequenos é
algo totalmente inédito. É como amar a si próprio, com um milhão de novas
qualidades e particularidades. É aprender a conciliar todos os receios à
confiança que eles nos passam. Amá-los nos torna invencíveis, como se fôssemos
capazes de abraçar o mundo inteiro em um ser.
5. Aprender sobre
coisas inimagináveis
O nome de cada
criatura mágica da floresta, a pronúncia do nome dos dinossauros, tudo aquilo
que aprendemos na aula de matemática na época da escola – e dizíamos que jamais
usaríamos novamente. Chega o momento do nosso interesse voltar-se a todo esse
universo. Tudo para nos inteirarmos do mundo deles, para poder indicar o
caminho. Acabamos descobrindo que a vida adulta ignora e desdenha dos deleites
da simplicidade.
6. Tornar-se mais
empático
Nossa percepção
aumenta diante de situações complicadas para outros aventureiros nesse mundo da
paternidade e maternidade. Nossa capacidade de compaixão aumenta. Há uma grande
rede de apoio entre pais e mães, sempre preocupados não apenas com o bem-estar
da própria cria, como dos outros também. Passamos a compreender e não julgar os
obstáculos pelos quais os outros passam, pois um dia também estivemos lá, fomos
nós.
7.
Especializar-se em diversas áreas
Não nos subestimem!
Ser pais nos torna uma verdadeira enciclopédia ambulante. Somos especialistas em
nutrição, física e qualquer outra área que se colocar no caminho da
parentalidade. Preparamo-nos ao máximo para estarmos sempre prontos quando a
criação de nossos pequenos for questionada.
8. Comunicar-se
através dos sentidos
Os gestos e ações se
sobressaem na interação com os pequenos. Desde os primeiros meses, quando toda
a fala nasce nos olhos e perdura nos beijos em machucados da infância e nos
abraços de consolo da adolescência.
9. Compreender
nossos pais
Entendemos que pais
não são super-heróis, nem detentores da verdade absoluta. São só pessoas, assim
como nós, conciliando as tarefas de conhecerem a si próprios e de criarem outro
ser humano.
10. A imaginação
é sagrada
A raridade da
infância guarda a capacidade de criar. Notamos que os pequenos são verdadeiros
artistas e criadores, assim como nós. A diferença é que eles conseguem
ressignificar e entreter-se por horas com objetos simples ao nosso olhar.
11. Confrontar os
próprios limites
Lidar com a privação
do sono, as dores do pós-parto, a preocupação durante o passeio com os amigos e
conciliar tudo isso com a própria vida. Aprendemos no ato a nos recompor, a
amanhecer renovados com o sol. Quando pensamos estar atingindo o ponto máximo, descobrimos
que ainda havia muito mais, que o limite não chega, está longe.
E que continue se distanciando sempre mais, pois o espetáculo do nascimento de um ser humano não deixa margens para o descanso.
Por eles, por nós.
E que continue se distanciando sempre mais, pois o espetáculo do nascimento de um ser humano não deixa margens para o descanso.
Por eles, por nós.
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