Este ano que passou o meu grande aprendizado pessoal e
profissional foi encarar a ingratidão. Encarar como de fato ele é, com toda a sua
feiura, sem sombras ou mascaras.
O ingrato não reconhece a ajuda recebida e vive em busca apenas
dos seus interesses próprios. Mas nem sempre é uma escolha da pessoa agir assim
e pode ser uma incapacidade de sentir empatia pelo próximo. Pode acontecer com
qualquer um de nós, mas é importante reconhecer e reparar sempre que tal
comportamento nos vier a luz da consciência.
Não foi e não é fácil ser vitima de ingratidão. Nesse
processo, talvez eu tenha sido radical de mais ou madura de menos. Talvez eu
tenha sido ingrata também. Sigo aprendendo.
Para o próximo ciclo, só quero que tudo de ruim, pesado e inútil
se vá, que fique só o amor. Me refiro ao amor real, o que é afeto, mas também é
limite. O que ensina o que devemos aceitar e o que não nos serve mais. O amor
da autovalorização, do aprendizado e da gratidão. O amor que ensina e cura.