quarta-feira, 22 de agosto de 2012


INCONSCIENTE PESSOAL E COLETIVO

O que é inconsciente pessoal?
São lembranças perdidas, reprimidas, evocações dolorosas, percepções que, por assim dizer, não ultrapassaram o limiar da consciência, isto é, percepções dos sentidos que por falta de in­tensidade não atingiram a consciência e conteúdos que ainda não amadureceram para a consciência.

O que é inconsciente coletivo?
É a camada mais profunda da psique. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados, e é nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos.
São as conexões mitológicas, os motivos e imagens que podem nascer de novo, a qualquer tempo e lugar, sem tradição ou migração histórica.

O inconsciente coletivo complementa o inconsciente pessoal, e muitas vezes se manifesta igualmente na produção de sonhos. Desta forma, enquanto alguns dos sonhos têm caráter pessoal e podem ser explicados pela própria experiência individual, outros apresentam imagens impessoais e estranhas, que não são associáveis a conteúdos da história do indivíduo. 
Jung demonstrou que a evolução e a hereditariedade determinam a linha de ação da psique, assim como o fazem com o corpo físico. A mente, através de seu mediador, o cérebro, herda as características que determinam de que forma uma pessoa reagirá às experiências de vida, configurando-a previamente pela evolução. O homem está ligado ao seu passado pessoal, ao passado de sua espécie e à longa cadeia da evolução orgânica.
Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo o mundo e não pertence a ninguém.
As imagens das recordações do inconsciente coletivo são imagens não pre­enchidas, por serem formas não vividas pessoalmente pelo in­divíduo.
Exemplo:
“imagem primordial” de “mãe”: é a responsável pela nossa fácil identificação da figura materna e como reagimos a ela.
Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído essencialmente de
Arquétipos.

Existe um número inimaginável de arquétipos, dentre os quais: pai, mãe, herói, criança, Deus, demônio, nascimento, morte, renascimento, sábio, embusteiro, sol, lua.

Arquétipo: Dentro do inconsciente coletivo há "estruturas" psíquicas ou arquétipos. Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Jung também chama os arquétipos de imagens primordiais, porque eles correspondem frequentemente a temas mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes. De acordo com Jung, os arquétipos, como elementos estruturais formadores que se firmam no inconsciente, dão origem tanto às fantasias individuais quanto às mitologias de um povo. 

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