Sincronicidade
Coincidência:
é a identidade ou igualdade de duas ou mais coisas; simultaneidade de dois ou
mais acontecimentos.
Sincronicidade:
um fenômeno idêntico ao da "coincidência", mas significa a
"simultaneidade de dois ou mais acontecimentos" identificados entre
si por um mesmo significado, uma mesma idéia.
A
sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade
das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso
através de eventos ou relações significativos. Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e
necessita de uma compreensão, e essa compreensão poderia surgir
espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico.
Coincidência
significativa: Coincidências sem conexão de causa e efeito
estabelecem entre si alguma relação significativa.
Ocorrência de modo
consciente, no tempo e no espaço, de eventos que, embora nem sempre obedeçam às
leis da causalidade, estabelecem conexões significativas do ponto de vista
psicológico.
Acontecimentos
que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado
É a
experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira
que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa
"coincidência significativa"
A primeira
vez que Jung utilizou o termo sincronicidade publicamente foi em 1930, mas a
primeira publicação só ocorreu em 1952, quando ele tinha 75 anos.
Exemplo:
Sonho premonitório (acidente
de transito)
Astrologia
"Uma jovem
paciente sonhou, em um momento decisivo de seu tratamento, que lhe presenteavam
com um escaravelho de ouro. Enquanto ela me contava o sonho, eu estava sentado
de costas à janela fechada. De repente, ouvi detrás de mim um ruído como se
algo golpeasse suavemente a janela. Dei meia volto e vi que foi um inseto
voador que chocava contra ela. Abri-a e o apanhei. Era a analogia mais próxima
a um escaravelho de ouro que se pode encontrar em nossas latitudes, ao
contrário de costumes habituais, se via na necessidade de entrar em uma sala
escura precisamente naquele momento. Tenho que dizer que não me havia ocorrido
algo semelhante nem antes nem depois disso, e que o sonho daquela paciente
segue sendo um caso único em minha experiência."
"Na manhã do dia
1º de abril de 1949 eu transcrevera uma inscrição referente a uma figura que
era metade homem, metade peixe. Ao almoço houve peixe. Alguém nos lembrou o
costume do "Peixe em Abril" (primeiro de abril). De tarde, uma antiga
paciente minha, que eu já não via por vários meses, me mostrou algumas figuras
impressionantes de peixe. De noite, alguém me mostrou uma peça de bordado,
representando um monstro marinho. Na manhã seguinte, bem cedo, eu vi uma outra
antiga paciente, que veio me visitar pela primeira vez depois de dez anos. Na
noite anterior ela sonhara com um grande peixe. Alguns meses depois, ao empregar
esta série em um trabalho maior, e tendo encerrado justamente a sua redação, eu
me dirigi a um local à beira do lago, em frente à minha casa, onde já estivera
diversas vezes, naquela mesma manhã. Desta vez encontrei um peixe morto, de
mais ou menos um pé (30 cm) de comprimento, sobre a amurada do lago. Como
ninguém pôde estar lá, não tenho idéia de como o peixe foi parar ali."
Modalidade:
1. Coincidência de um
estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e
simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico (p. ex., o
escaravelho), onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o
estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a
relativização psíquica do espaço e do tempo tal conexão é simplesmente inconcebível.
2. Coincidência de um
estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos
simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja,
espacialmente distante, e só se pode verificar posteriormente. (ex. ir na casa
do amigo enquanto ele esta vindo para a sua)
3. Coincidência de um
estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e
ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente. (ex.
sonho premonitório)
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