quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Sombra

É o centro do inconsciente pessoal.

Em sonhos pode aparecer como monstro, ladrão ou força destrutiva.

Ao invés de reconhecermos o nosso lado sombra, tendemos a esconder e a afastar de nossa consciência e dos outros tudo o que é demoníaco em nós mesmos:  fraquezas, invejas, ambição, ciúme, sentimentos de poder, ideias cruéis e assassinas, ações moralmente condenáveis, etc. Assim preservamos nossa imagem idealizada de bonzinhos.

Lembrando que pode haver características positivas na sombra.

Negligenciar nossa própria sombra nos traz um sentimento de culpa. Precisamos aceitar a sua existência.

Caso clinico: rapaz, 16 anos – paciente de Jung. Sonhou 2x com o diabo: “estou andando numa rua desconhecida. Esta escuro e ouço passos atrás de mim. Amedrontado, me apresso. Os passos aproxima-se e meu medo aumenta. Começo a correr, mas parece que os passos vão alcançar-me. Finalmente, ao me virar, defronto-me com o diabo. Aterrorizado, salto no mar e permaneço em suspensão. 

Após o sonho o jovem desenvolveu uma neurose obsessiva, passou a ter manias de limpeza e praticar rituais. Ocupado com os rituais de limpeza, estava em um estado provisório e incontaminado de pureza, ficando em “suspensão”, sem relação com o mundo. Sem os rituais, entrava em estado de alta ansiedade.

Interpretação do sonho: se ele desejar descer novamente à terra, deveria fazer um pacto com o diabo. Entrar em contato com sua própria sombra, neste caso personificado pelo diabo (pecado e todo o mal)

Para Jung uma pessoa não se ilumina simplesmente imaginando figuras de luz, mas iluminando a escuridão.
Para não se confrontar com a sombra o ego utiliza mecanismos de defesa como a projeção (mal esta no outro), negação (nega o problema), repressão (reprime no inconsciente o que não lhe convém).

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