Sombra
É o centro do inconsciente pessoal.
Em sonhos pode aparecer como monstro, ladrão ou força destrutiva.
Ao invés de reconhecermos o nosso lado sombra, tendemos a
esconder e a afastar de nossa consciência e dos outros tudo o que é demoníaco
em nós mesmos: fraquezas, invejas,
ambição, ciúme, sentimentos de poder, ideias cruéis e assassinas, ações
moralmente condenáveis, etc. Assim preservamos nossa imagem idealizada de
bonzinhos.
Lembrando que pode haver características positivas na
sombra.
Negligenciar nossa própria sombra nos traz um sentimento de
culpa. Precisamos aceitar a sua existência.
Caso clinico: rapaz, 16 anos – paciente de Jung. Sonhou 2x
com o diabo: “estou andando numa rua desconhecida. Esta escuro e ouço passos atrás
de mim. Amedrontado, me apresso. Os passos aproxima-se e meu medo aumenta.
Começo a correr, mas parece que os passos vão alcançar-me. Finalmente, ao me
virar, defronto-me com o diabo. Aterrorizado, salto no mar e permaneço em
suspensão.
Após o sonho o jovem desenvolveu uma neurose obsessiva,
passou a ter manias de limpeza e praticar rituais. Ocupado com os rituais de
limpeza, estava em um estado provisório e incontaminado de pureza, ficando em
“suspensão”, sem relação com o mundo. Sem os rituais, entrava em estado de alta
ansiedade.
Interpretação do sonho: se ele desejar descer novamente à
terra, deveria fazer um pacto com o diabo. Entrar em contato com sua própria
sombra, neste caso personificado pelo diabo (pecado e todo o mal)
Para Jung uma pessoa não se ilumina simplesmente imaginando
figuras de luz, mas iluminando a escuridão.
Para não se confrontar com a sombra o ego utiliza mecanismos
de defesa como a projeção (mal esta no outro), negação (nega o problema),
repressão (reprime no inconsciente o que não lhe convém).
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